sexta-feira, 25 de novembro de 2011

LIÇÃO 9 - BARNABÉ E AS PRESSÕES SOFRIDAS EM ICÔNIO

Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Av. Brasil, 740 – Juiz de Fora - MG
Elaboração da Aula para os Professores da Escola Dominical
Revista: Barnabé
Prof. Magda Narciso Leite – Classe Sara

Texto Áureo: “Irmãos, tomai por modelo no sofrimento e na paciência os profetas, os quais falaram em nome do Senhor” (Tg 5.10).

ARC: “Meus irmãos, tomai por exemplo de aflição e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor”.

O texto de Tg 5.10 faz parte de um trecho da carta de Tiago (Tg 5.7-12) onde ele incentiva os irmãos a persistência paciente em todas as situações que forem, porventura, vividas pelo crente. Assim, no versículo 7, Tiago inicia este assunto conclamando os irmãos a serem “pacientes até a vinda do Senhor”, apesar das injustiças sofridas. A conclamação de Tiago é ilustrada pela vida do lavrador que pacientemente espera o precioso fruto da terra regada pela chuva temporã (as primeiras chuvas) e pela chuva serôdia (as últimas chuvas). Assim, também os crentes devem ser pacientes, aguardando a volta do Senhor que libertará a terra dos seus opressores. Tiago também conclama os irmãos a não se queixarem uns contra os outros, na certeza de que o Senhor, em sua vinda, condenará todas as injustiças da terra (ver Tg 4.8,9). No versículo 10, Tiago mostra o exemplo deixado pelos profetas, que suportaram com paciência a aflição de seu tempo, não deixando, no entanto de falarem em nome do Senhor. Ele apresenta também o exemplo deixado por Jó, que tendo suportado a provação, recebeu do Senhor a recompensa, “porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso” (Tg 5.11; cf. Jó 42.10-15). Na seqüência, Tiago exorta os irmãos quanto a questão relacionada aos juramentos. A exortação de Tiago parece encontrar conexão com o assunto anterior, já que em tempos de aflição, é comum o homem se propor a fazer juramentos ou votos diante de Deus. Tiago escreve então que o crente não deve jurar, nem pelo céu, nem pela terra, nem fazer qualquer outro juramento, antes, pelo contrário, sua palavra deve ser sim, sim e não, não, “para que não caiais em condenação” (Tg 5.12; cf. Mt 5.34-37).

Verdade Aplicada: Há uma glória muito especial reservada secretamente em Deus àqueles que com paciência suportam as pressões e perseguições por amor ao Evangelho.

Objetivos da Lição:

·   Esclarecer que as pressões e perseguições são comuns àqueles que anunciam o Evangelho.
·   Explicar o porquê das pressões que sofrem uma liderança comprometida.
·   Apelar aos alunos a enfrentarem as perseguições segundo o modelo bíblico.

Textos de Referência: At 14.1-4

Introdução: Nesta lição iremos discorrer sobre as pressões comuns a que uma liderança, com a missão evangelizadora, muitas vezes é submetida ocasionalmente. Verificaremos, também a verdadeira fonte dessas perseguições e pressões. Embora na maior parte de nosso território não haja uma perseguição direta, existem lugares distantes que se opõem de forma um tanto ou quanto dissimulada. Vejamos como agiram os apóstolos e como se deve agir em casos assim.

Os textos de Atos 13 e 14 trazem o relato da jornada empreendida por Paulo e Barnabé desde o momento em que eles foram separados na igreja de Antioquia da Síria para a obra ordenada pelo Espírito Santo. Em diversos pontos por onde os dois missionários passaram, é possível perceber diversos tipos de pressão os quais eles tiveram que suportar, sendo estas de origem externa, ou mesmo interna. Os missionários desceram primeiro a Selêucia, um porto cerca de vinte e cinco quilômetros de Antioquia da Síria e de lá eles navegaram para a ilha de Chipre. Na costa leste de Chipre, em Salamina, eles visitaram várias sinagogas, onde anunciaram a palavra (ver At 13.4,5). A estratégia tomada por Paulo e Barnabé indica a prudência com o qual os dois se propunham a agir, já que o evangelho estava sendo, como deveria, anunciado inicialmente aos judeus para então ser levado aos gentios. Em Salamina nenhum tipo de oposição ao evangelho é registrado, o que parece indicar que toda a jornada de Paulo e Barnabé seria, por assim dizer, bem sucedida.  De Salamina, Paulo e Barnabé chegam a Pafos, cidade capital da ilha de Chipre, onde então eles enfrentam o primeiro tipo de oposição ao evangelho, sendo este proveniente de um judeu mágico, falso profeta chamado Barjesus, nome este que significa “filho de Jesus ou filho de Josué”. Este, tendo-se associado, de alguma forma, ao procônsul romano Sérgio Paulo, opunha-se à pregação do evangelho tentando apartar da fé o procônsul. Este fato registrado em At 13.6-13 indica que uma das pressões a ser enfrentadas por aqueles que se propõem a pregar o genuíno evangelho de Jesus Cristo é aquela relacionada à presença de homens que se dizem “filhos de Jesus”, no entanto, são falsos profetas, mágicos, termo este que indica a manipulação dos sinais por eles realizados, conduzindo muitos ao engano. A repreensão de Paulo à Elimas [Barjesus], quando então ele se dirige ao falso profeta, chamando-lhe de “filho do diabo” “Todavia Saulo, que também se chama Paulo, cheio do Espírito Santo, fixando os olhos nele, disse: Ó filho do diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda a justiça, não cessarás de perturbar os retos caminhos do Senhor?” (At 13.9,10) mostra que falsos profetas como Barjesus são na realidade movidos pelo diabo, sendo dele [do diabo] a origem da primeira pressão sofrida por Paulo e Barnabé no anúncio do evangelho. Partindo de Pafos, Paulo e Barnabé chegam a Perge, da Panfília, quando então, João Marcos, o qual é chamado em At 13.5 de “cooperador” aparta-se deles e volta para Jerusalém (ver At 13.13). A saída de João Marcos não deixa de ser também mais um tipo de pressão a ser suportada por Paulo e Barnabé, pois eles poderiam se sentir também motivados a abandonar a jornada missionária e voltar para Jerusalém; os dois missionários, no entanto prosseguem e chegam a Antioquia da Psídia, cidade a cerca de cento e sessenta quilômetros de Perge (ver At 13.14). Em Antioquia da Psídia, Paulo e Barnabé dirigem-se à sinagoga dos judeus (ver At 13.15), o que indica que eles continuariam a ser prudentes quanto ao evangelho, anunciando-o primeiro aos judeus, apesar do fruto gentílico obtido em Pafos, quando então o procônsul romano Sérgio Paulo converteu-se a fé em Jesus Cristo (ver At 13.12). Em Antioquia da Psídia, Paulo e Barnabé enfrentariam mais um tipo de pressão, pois tendo eles anunciado na sinagoga dos judeus o cumprimento das profecias do Antigo Testamento em Jesus Cristo, no sábado seguinte, quase toda cidade se ajunta para ouvir a palavra de Deus (ver At 13.44). Tal fato leva os judeus a encherem-se de inveja e, blasfemando, eles passam a contradizer o que Paulo falava (ver At 13.45). Paulo e Barnabé, no entanto, não se deixam desfalecer e com ousadia eles permanecem anunciando o evangelho por toda aquela província (ver At 13.46-49). Os judeus ainda movidos por inveja incitam algumas mulheres religiosas e honestas e os principais da cidade a levantarem perseguição contra Paulo e Barnabé (At 13.50) e diante disto, os dois são obrigados a deixarem a cidade. Os acontecimentos descritos em At 13.44-52 mostram mais um tipo de pressão a ser sofrida por aqueles que pregam o evangelho da graça de Deus, a perseguição, sendo que desta vez a origem da pressão encontra-se no sentimento de inveja que, conforme visto no texto, é capaz de mover até mesmo pessoas honestas e religiosas para impedir o progresso daqueles que são a razão de tão faccioso sentimento.

1. Nasce uma grande multidão de crentes – Havia um senso de urgência muito grande na alma de Paulo e de Barnabé. Ao partirem para Icônio, não perderam tempo, e logo no primeiro sábado após chegarem, se dirigiram à principal sinagoga da cidade para pregar o Evangelho. Sem dúvida, aquela era uma direção do Espírito Santo para a vida deles e por outro lado, perceberam que deveriam se apressar por causa do contato que havia entre as sinagogas da região.

Com a perseguição movida contra Paulo e Barnabé em Antioquia da Psídia, os dois “sacudindo, porém contra eles o pó dos seus pés” (At 13.51), atitude esta que demonstra que eles se eximiam de qualquer responsabilidade em relação àqueles que recusaram-se a aceitar as boas novas da salvação, se retiram de Antioquia da Psídia e partem para Icônio à 120 Km de Antioquia da Psídia (veja no mapa o roteiro da primeira viagem missionária de Paulo). Em Icônio, eles se dirigem à sinagoga dos judeus ali existente, o que indica que os missionários não se deixaram intimidar pela pressão sofrida em Antioquia da Psídia, e sendo assim, eles continuariam seguindo a direção quanto a pregação do evangelho, sendo esta “primeiro ao judeu e também ao grego”.

Rm 1.16: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego”.

Rm 3.1,2: “Qual é logo a vantagem do judeu? Ou qual a utilidade da circuncisão? Muita, em toda a maneira, porque, primeiramente, as palavras de Deus lhe foram confiadas”.

Rm 3.29,30: “É porventura Deus somente dos judeus? E não o é também dos gentios? Também dos gentios, certamente, visto que Deus é um só, que justifica pela fé a circuncisão, e por meio da fé a incircuncisão”.

1.1 A pregação de Paulo e Barnabé era convincente – Na medida em que Paulo e Barnabé avançavam em sua jornada missionária, tanto mais pregavam. Isso significa que ambos estavam adquirindo mais e mais destreza na comunicação. Comunicar o Evangelho exige uma total entrega de mente e coração, para que vidas sejam alcançadas profundamente, e assim eles fizeram de tal modo, que uma multidão foi arrebanhada para o Senhor (At 14.1-3).

Com a entrada de Paulo e Barnabé na sinagoga dos judeus em Icônio, eles têm, mais uma vez a oportunidade de pregar as boas novas da salvação e segundo diz At 14.1, os dois “falaram de tal modo que creu uma grande multidão, não só de judeus, mas de gregos”. O fato registrado em At 14.1 demonstra que a mensagem da salvação eterna em Cristo Jesus, conforme revelada nas páginas do Antigo e do Novo Testamento, quando transmitida no poder do Espírito Santo, por si só, é suficiente para alcançar o homem perdido, conduzindo-o ao arrependimento, a fé e a conversão à Jesus Cristo. Lamentavelmente, os dias atuais têm demonstrado a falta de fé dos líderes e pregadores em relação ao evangelho de Cristo como sendo “o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê”; pois estes, a fim de atrair as multidões, ao invés de firmarem-se na pregação do genuíno evangelho de Jesus Cristo e na dependência do Espírito Santo, o único que pode convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo, utilizam-se de métodos humanos tais como campanhas para obtenção de todo tipo de bênção; uso de objetos como pontos de contato; cultos de libertação e tantas invencionices que banalizam a fé cristã, pois estas além de não serem observadas ao longo das páginas das Sagradas Escrituras, são completamente contrárias ao verdadeiro sentido da Palavra de Deus, conforme pode-se perceber nos seguintes versículos descritos abaixo:

Lc 24.46,47: “E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos, e em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém”.

Jo 8.32-36: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão, e nunca servimos a ninguém; como dizes tu: Sereis livres? Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado. Ora o servo não fica para sempre em casa; o Filho fica para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”.

At 8.4,5: “Mas os que andavam dispersos iam por toda a parte, anunciando a palavra. E, descendo Filipe à cidade de Samaria lhes pregava a Cristo”.

At 8.35: “Então Filipe, abrindo a sua boca, e começando nesta Escritura, lhe anunciou a Jesus”.

At 20.20,21: “Como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar, e ensinar publicamente e pelas casas, testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão a Deus, e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo”.

1 Co 1.22-24: “Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos. Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus”.

1 Co 2.1,2: “E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado”.

2 Co 4.5: “Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus”

2 Tm 4.1-4: “Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas”.

1.2 O Senhor confirma a mensagem com sinais e prodígios – A comunicação eficaz gera tal fé nos ouvintes que atrai muitos sinais e prodígios, segundo o poder do Evangelho. A palavra da graça era levada aos de Icônio e, por meio dela, o Senhor operava milagres. Há duas coisas necessárias e essenciais para uma mensagem ser confirmada com poder: 1) Toda vez que os pregadores se dispõem a comunicar o Evangelho com ousadia e discernimento, as pessoas são despertadas à fé; 2) Toda vez que a mensagem da graça é comunicada enfatizando o amor e a boa vontade de Deus para com os homens, essa fé que é despertada, aliada aos sinais da confirmação de Deus, atrai multidões (At 14.3).

Após Paulo e Barnabé terem falado na sinagoga dos judeus, quando então uma grande multidão não só de judeus, mas de gregos crêem no Senhor Jesus, os judeus incrédulos incitam e irritam “contra os irmãos, os ânimos dos gentios” (At 14.2). Apesar de ser iminente a possibilidade dos dois terem que enfrentar mais algum tipo de perseguição, Paulo e Barnabé detêm-se em Icônio por muito tempo, “falando ousadamente acerca do Senhor” (At 14.3a). A mensagem transmitida por Paulo e Barnabé àqueles que lhes ouviam se relacionava basicamente à manifestação da graça de Deus em favor de todos os homens, é o que fica implícito em At 14.3b na expressão “palavra da sua graça”, e diante disto o Senhor “dava testemunho à palavra da sua graça, permitindo que por suas mãos se fizessem sinais e prodígios” (At 14.3b). O texto de At 14.3 confirma as palavras do Senhor Jesus transmitida aos discípulos em Mc 16.17,18, quando então Ele lhes disse que sinais seguiriam aos que crêem; é importante, no entanto perceber que os apóstolos e todos os demais discípulos nunca colocaram a manifestação de sinais e prodígios à frente da palavra, pois na hierarquização de Deus, a palavra sempre ocupa o primeiro lugar. A igreja deve, portanto, almejar a manifestação de sinais que acompanhem a pregação da palavra de Deus, porém tendo sempre em mente que qualquer inversão quanto a esta questão é infringir aquilo que já foi estabelecido pelo Senhor em sua palavra.

Lc 2.13,14: “E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens”.

Rm 3.23,24: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus”.

Ef 2.8-10: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas”.

Tt 2.11: “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens”.

Mc 16.17-20: “E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão. Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de Deus. E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém”.

Hb 2.3,4: “Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade?
                                                                            
1.3 O que é mais importante, quantidade ou qualidade? – Tanto o Senhor Jesus quanto Barnabé e Paulo demonstraram a importância de se conduzir uma pessoa ou uma multidão ao arrependimento. Todos os homens são pecadores e igualmente importantes para Deus. Porém, alguns afirmam que “o que Deus quer não é quantidade e sim qualidade”. Ao verificar esse pensamento à luz da história da Igreja, percebemos que todas às vezes que multidões de pecadores foram conduzidas a Jesus foi porque havia tanto ousadia, santidade e poder na vida de quem comunicava quanto qualidade na mensagem transmitida, isto é, um Evangelho de poder.

Jesus percorreu cidades tanto em favor de multidões “E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. E, vendo as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que não têm pastor” (Mt 9.35,36) quanto em favor de uma única pessoa “E chegaram ao outro lado do mar, à província dos gadarenos. E, saindo ele do barco, lhe saiu logo ao seu encontro, dos sepulcros, um homem com espírito imundo” (Mc 5.1,2); assim também Barnabé, Paulo e todos os demais discípulos pregaram o evangelho tanto para uma multidão, quanto para uma única pessoa, estando o Novo Testamento repleto destes exemplos.
O propósito de Deus é que todos sejam salvos, pois Jesus se deu a si mesmo em preço de redenção por todos os homens, é o fica claro em 1 Tm 2.4-6 “Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo” e diante disto, o Senhor demonstra a sua longanimidade, pois seu desejo é que ninguém se perca, mas “que todos venham a arrepender-se (2 Pe 3.9b). Assim, o evangelho pregado tanto para uma única pessoa, quanto para multidões tem ambos seu devido valor, porém é importante lembrar que Deus não se corrompe diante do crescimento numérico da igreja promovido por um falso evangelho onde o imediatismo e o entretenimento ocupam posições prioritária na igreja em detrimento da mensagem do arrependimento, do abandono do pecado, da salvação eterna, do conhecimento da palavra, da comunhão com Deus, da vida de oração, da santificação, pois o próprio Senhor Jesus advertiu quanto a isto em Mt 7.21 quando então Ele proferiu as seguintes palavras “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus e da mesma forma em Lc 13.23-27 quando alguém tendo lhe dito “Senhor, são poucos os que se salvam?” Ele respondeu: “Porfiai por entrar pela porta estreita; porque eu vos digo que muitos procurarão entrar, e não poderão. Quando o pai de família se levantar e cerrar a porta, e começardes, de fora, a bater à porta, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos; e, respondendo ele, vos disser: Não sei de onde vós sois; então começareis a dizer: Temos comido e bebido na tua presença, e tu tens ensinado nas nossas ruas. E ele vos responderá: Digo-vos que não sei de onde vós sois; apartai-vos de mim, vós todos os que praticais a iniqüidade”.

2. As pressões se iniciam – Anos mais tarde, após a primeira viagem missionária, a experiência de Paulo o conduziu a escrever: “A nossa luta... é contra os principados e potestades” (Ef 6.12), ou seja, o reino articulado de Satanás, a antiga serpente. Quando o Evangelho de poder chega a um lugar, Satanás deixa aquela onda passar, arquiteta uma represália e utilizando-se da incredulidade de alguns, coloca o sistema por ele controlado e faz pressões contra o pregador e o Evangelho de Cristo.

Conforme já visto anteriormente, a primeira pressão sofrida por Paulo e Barnabé quanto a divulgação do evangelho foi na ilha de Pafos através do falso profeta Barjesus, tendo esta sua origem no próprio diabo. Posteriormente os discípulos foram alvos de novas pressões as quais tiveram sua origem no sentimento de inveja alojado no coração do próprio homem. Através de sentimentos como este, inveja, ciúme, incredulidade, soberba, vaidade, orgulho, Satanás aproveita oportunidade e diante disto, ele move os homens contra os servos de Deus para cumprir o seu desígnio de tentar impedir que a mensagem da salvação eterna venha a ser divulgada em todas as nações. Apesar das perseguições sofridas por Paulo e Barnabé em Antioquia da Psídia e posteriormente em outras cidades, em nenhum momento eles tomaram atitudes de vingança e de represália contra aqueles que moviam tais perseguições. Paulo e Barnabé tinham consciência quanto a realidade da batalha espiritual na qual todo crente está inserido a partir da sua conversão a fé no Senhor Jesus Cristo, onde sua luta não é contra a “carne e o sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugar celestiais” (Ef 6.12b). Aparentemente o crente encontra-se em desvantagem nesta batalha espiritual, pois além de lutar contra seres invisíveis, estes fazem parte de um reino hierarquicamente bem estabelecido; e, além disto, estes seres ocupam uma posição, os lugares celestiais, não alcançada pelo crente, já que este encontra-se ainda em posição terrena. Paulo, no entanto mostra em Ef 2.6 que em Cristo, o crente já encontra-se assentado nos lugares celestiais, e sendo assim é o inimigo que não pode alcançar a posição ocupada pelo crente. Em termos escatológicos, Satanás e seus principados, potestades, príncipes das trevas, hostes espirituais da maldade já foram vencidos, no entanto no tempo presente, eles continuam agindo e armando astutas ciladas contra os servos de Deus a fim de tentar impor sobre eles o desânimo, a angústia, a tristeza, o mal e por fim a sua queda. Os servos de Deus devem, no entanto oferecer resistência ao inimigo, fortalecendo-se no Senhor e na força do seu poder, revestindo-se de toda a armadura de Deus, resistindo no dia mau, permanecendo firme e mantendo a oração e a vigilância, pois é desta forma que o inimigo se cansará de seu constante ataque dirigido ao alto, desistindo, por fim de tentar alcançar o crente no ápice da montanha.  

2.1 Preparados para suportar as perseguições – Os servos líderes do Senhor Jesus foram previamente alertados contra as pressões que enfrentariam na proclamação do Evangelho (Mt 10.16-25). Todos os homens de Deus que pregavam sua Palavra, profetas, apóstolos, homens simples e de fama, foram perseguidos ao longo da história. Muitos foram mortos e ainda hoje são assassinados em países mulçumanos, ateístas ou de alguma forma anticristãos, vítimas da intolerância religiosa.

Mt 10.16-18,21,22: “Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas. Acautelai-vos, porém, dos homens; porque eles vos entregarão aos sinédrios, e vos açoitarão nas suas sinagogas; e sereis até conduzidos à presença dos governadores, e dos reis, por causa de mim, para lhes servir de testemunho a eles, e aos gentios. E o irmão entregará à morte o irmão, e o pai o filho; e os filhos se levantarão contra os pais, e os matarão. E odiados de todos sereis por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim será salvo”.

At 7.52: “A qual dos profetas não perseguiram vossos pais? Até mataram os que anteriormente anunciaram a vinda do Justo, do qual vós agora fostes traidores e homicidas”.

2 Tm 3.12: “E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições”.

Mt 5.44: “Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus”.

Rm 12.14: “Abençoai aos que vos perseguem, abençoai, e não amaldiçoeis”.

Ap 2.10: “Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida”.

2.2 Enfrentando um povo dividido – “E dividiu-se a multidão da cidade; e uns eram pelos judeus e outros pelos apóstolos” (At 14.4). O verbo “shisthe” que é traduzido como dividiu-se, também signfica: “rachar em partes” como se racha lenha, ou “rasgar” como um tecido. Isso significa que o tecido social que existia antes foi, desta feita, rasgado em duas partes. Uns a favor dos judeus nativos e, principalmente, dos líderes da sinagoga local, e outros a favor dos pregadores forasteiros, Paulo e Barnabé. Tudo indica que houve uma batalha no campo jurídico que levou algum tempo para se definir.

A Bíblia não relata quanto tempo Paulo e Barnabé permaneceram em Icônio, os versículos de At 14.4,5, no entanto indicam que o nevoeiro que começou a ser formado quando os judeus incrédulos incitaram os ânimos dos gentios contra os missionários continuou se formando enquanto Paulo e Barnabé ali permaneceram falando ousadamente acerca do Senhor. Após algum tempo o nevoeiro formado atingiu tal estado que conseguiu dividir a multidão da cidade, estando alguns contra Barnabé e Paulo apesar dos benefícios que foram outorgados àquela população através dos sinais e prodígios manifestados por suas mãos por permissão do Senhor. Tanto judeus quanto gentios tentaram deflagrar um motim contra os missionários para os insultarem e os apedrejarem, e isto levou Paulo e Barnabé a fugirem para Listra e Derbe, cidade de Licaônia e para a província circunvizinha. Apesar de todos os contratempos, Paulo e Barnabé continuaram, por onde passavam, pregando o evangelho da graça de Deus.

2 Tm 2.8-10: “Lembra-te de que Jesus Cristo, que é da descendência de Davi, ressuscitou dentre os mortos, segundo o meu evangelho; por isso sofro trabalhos e até prisões, como um malfeitor; mas a palavra de Deus não está presa. Portanto, tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna”.

2 Tm 4.5: “Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério”.  

2.3 O Evangelho que divide nações e famílias – Algumas pessoas entre judeus e gentios mal intencionados começaram a gerar tumulto na cidade como uma forma de ameaçar os irmãos dali. Essa é uma prática comumente usada nessas situações, ainda hoje, para atrapalhar a liderança e impor terror aos crentes, que tinham também seus lares divididos por causa da pregação das “Boas Novas”. O Mestre previu esse tipo de comportamento em relação ao Evangelho, dizendo que famílias e sociedades seriam divididas em nome da salvação eterna, mas a missão de levar a Palavra deveria ser cumprida (Mt 10.34-37).

Mt 10.34-37: “Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada; porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra; e assim os inimigos do homem serão os seus familiares. Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim”.

Mt 10.23: “Quando pois vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel sem que venha o Filho do homem”.

3. Evitando o pior – Barnabé e Paulo, a princípio, sempre eram bem acolhidos nas cidades onde pregavam. Todavia, momentos após testemunharem, experimentavam oposições: tais como insultos, humilhações, serem obrigados a comparecer ante os fóruns locais para prestarem depoimentos, e também nas sinagogas, sendo psicologicamente intimidados. Enfim, Jesus lhes deu a planta futura do poder do Evangelho (M 10.17,18).

2 Tm 3.11: “Perseguições e aflições tais quais me aconteceram em Antioquia, em Icônio, e em Listra; quantas perseguições sofri, e o Senhor de todas me livrou”.

2 Co 11.23-27: “São ministros de Cristo? (falo como fora de mim) eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte, muitas vezes. Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um. Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos; em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez”.

3.1 Enfrentando as conspirações – Paulo e Barnabé procuravam suportar e perseveravam, pois sabiam que os neo-convertidos desanimariam caso fracassassem e abortassem a missão. Assim, eles procuravam sofrer varonilmente “como bons soldados de Cristo”. Os apóstolos foram vitimas de uma conspiração engendrada por cidadãos comuns e autoridades que, em conluio, procuravam tratá-los humilhantemente, e de modo covarde, apedrejá-los. Jesus disse que seríamos como ovelhas enviadas aos lobos.

Apesar de todas as pressões vividas por Paulo e Barnabé eles não desistiram de cumprir o chamado de Deus e assim prosseguiram pregando a salvação em Cristo de cidade em cidade. Eles deixam assim o exemplo não somente para os novos convertidos de sua época, mas também para todas as gerações futuras de cristãos. Em todo o Novo Testamento o crente é estimulado a permanecer firme na fé, apesar de todas as circunstâncias vividas, pois antes de qualquer esperança em relação ao tempo presente, o crente é estimulado a firmar a sua esperança no futuro porvir e na vida eterna.

Rm 8.18: “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada”.

2 Co 1.6,7: “Mas, se somos atribulados, é para vossa consolação e salvação; ou, se somos consolados, para vossa consolação é, a qual se opera suportando com paciência as mesmas aflições que nós também padecemos; e a nossa esperança acerca de vós é firme, sabendo que, como sois participantes das aflições, assim o sereis também da consolação”.

2 Co 4.8-14: “Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos; e assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na nossa carne mortal. De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. E temos portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também, por isso também falamos. Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também por Jesus, e nos apresentará convosco”.

Fp 1.27-29: “Somente deveis portar-vos dignamente conforme o evangelho de Cristo, para que, quer vá e vos veja, quer esteja ausente, ouça acerca de vós que estais num mesmo espírito, combatendo juntamente com o mesmo ânimo pela fé do evangelho. E em nada vos espanteis dos que resistem, o que para eles, na verdade, é indício de perdição, mas para vós de salvação, e isto de Deus. Porque a vós vos foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, como também padecer por ele”.

2 Tm 1.7,8: “Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação. Portanto, não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro seu; antes participa das aflições do evangelho segundo o poder de Deus”.

2 Tm 2.3: “Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo”.

Hb 10.32-34: “Lembrai-vos, porém, dos dias passados, em que, depois de serdes iluminados, suportastes grande combate de aflições. Em parte fostes feitos espetáculo com vitupérios e tribulações, e em parte fostes participantes com os que assim foram tratados. Porque também vos compadecestes das minhas prisões, e com alegria permitistes o roubo dos vossos bens, sabendo que em vós mesmos tendes nos céus uma possessão melhor e permanente”.

3.2 A prudência e a fuga dos apóstolos – O livro dos mártires nos conta que Willian Tyndale, reformador inglês e tradutor das Escrituras para o seu idioma nativo, foi entregue por um suposto amigo, que se aproximou para espioná-lo e entregá-lo às autoridades, fato que o levou a ser executado um ano e meio depois. Tyndale foi queimado vivo em 1536, amarrado a uma estaca em Vilvorde. Num lugar de direta oposição, ser prudente é estar atento, evitar situações de riscos desnecessários, e até mesmo amizades que acontecem inesperadamente, como foi o lamentável caso de Tyndale. Sentindo o perigo se aproximar e vendo a trama que havia contra eles, os apóstolos prudentemente fugiram (At 14.5-7).

William Tyndale nasceu na Inglaterra no início dos anos de 1490. Quando era estudante, na Universidade de Cambridge, no início dos anos de 1520, as idéias luteranas eram o assunto do momento e isto possivelmente formou muitos de seus princípios protestantes naquele tempo. Após deixar a universidade William traduziu a Bíblia para o inglês a fim de que as pessoas de língua inglesa pudessem ler a palavra de Deus por si mesmas, porém naquele tempo, era ilegal traduzir as Escrituras para a língua inglesa sem aprovação oficial. William não conseguiu a permissão oficial para continuar seu projeto, por isso ele deixou a Inglaterra para fazer seu trabalho de tradução em outra parte da Europa. Em 1526, o primeiro Novo Testamento em inglês completo foi impresso em Worms, Alemanha. Ana Bolena adquiriu uma cópia e mostrou-a ao rei Henrique VIII, ele, porém a rejeitou, dizendo que não havia necessidade de uma Bíblia em inglês naquela época. Em 1535, Tyndale foi traído enquanto estava na casa de um bondoso mercador na Antuérpia, Bélgica. Por quase um ano e meio Tyndale ficou na prisão de Vilvoord, na Antuépia. Em agosto de 1536, ele foi condenado como herege pela igreja católica, devendo ser então estrangulado ou queimado em uma estaca. Tyndale foi queimado vivo, porém diante de três amigos que com ele estavam no momento de seu martírio, antes de morrer, ele levantou seu rosto para Deus e gritou em alta voz: “Oh, Deus! Abre os olhos do rei da Inglaterra!” Em menos de um ano, Thomas Poyntz, um mercador inglês que morava na Antuérpia, amigo de Tyndale, recebeu notícias assombrosas da Inglaterra. Um homem chamado Miles Coverdale havia publicado a primeira Bíblia completa em inglês, sendo esta largamente baseada no trabalho de Tyndale e o rei Henrique VIII pôs na obra o seu selo de aprovação. Em cerca de 1539 as igrejas já pediam para fazer cópias que fossem disponíveis a todo o povo. William Tyndale ao iniciar seu trabalho de traduzir a Bíblia para o inglês foi perseguido, teve de deixar seu país, foi traído por um amigo, porém ele não desistiu, e apesar dele ter sofrido o martírio, Deus honrou a sua fé respondendo a sua oração, e assim por causa da sua perseverança o povo inglês pode receber a Bíblia em seu próprio idioma e ter livre acesso à Palavra de Deus.

Hb 12.1-3: “Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus. Considerai, pois, aquele que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos”.

3.3 Anunciam o Evangelho nas cidades circunvizinhas – O Senhor Deus nos concede reconciliação, cura divina e autoridade sobre o mal. Porém, Ele não impede que soframos perseguições por pregarmos o evangelho. Todavia, o sofrimento, a humilhação e a dor devem ser vistos como bem aventuranças que nos cumularão com uma recompensa gloriosa e incomparavelmente maior por intermédio dAquele que nos ressuscitará dos mortos com o poder da sua vinda (At 14.5-7). Posto que houvesse essa conspiração contra a vida deles por parte de cidadãos comuns e de autoridades de Icônio, Paulo e Barnabé fugiram a tempo, pois já havia ali uma comunidade cristã estabelecida, enquanto nos arredores, outras pessoas precisavam ouvir a mesma mensagem da Palavra de Deus.

Mt 5.10-12: “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós”.

Rm 8.35-37: “Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; somos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou”.

Referências Bibliográficas:
Dave & Neta Jackson; Heróis da Fé, 2002, 1a. Ed., CPAD, Rio de Janeiro, RJ.

Um comentário:

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Shalom Magda,

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