sábado, 23 de junho de 2012

LIÇÃO 13 - AS SETE BEM-AVENTURANÇAS DO APOCALIPSE

Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Av. Brasil, 740 – Juiz de Fora - MG
Elaboração da Aula para os Professores da Escola Dominical
Revista: Apocalipse
Prof. Magda Narciso Leite – Classe Sara

Texto Áureo: “Bem aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo” (Ap 1.3).

Verdade Aplicada: As bem-aventuranças do Apocalipse alcançarão a todos os que se apropriarem de suas revelações, repreensões e promessas.

Objetivos da Lição:

·   Levar o aluno da EBD à leitura assídua do Apocalipse.
·   Orientar que a dificuldade de entender o Apocalipse não implica falta de espiritualidade.
·   Insistir na importância da leitura e pregação do Apocalipse para estimular a igreja à santificação e ao serviço.

Textos de Referência: Ap 14.13; Ap 16.15; Ap 19.9; Ap 20.6; Ap 22.7; Ap 22.14

Introdução: Você se lembra? Sete é o número das coisas completas, as quais nada mais se adicionam...

O número sete expressa principalmente a perfeição de Deus em todos os seus propósitos. Aparece 52 vezes no Apocalipse referindo-se, por exemplo, às sete igrejas, aos sete castiçais de ouro, às sete estrelas, aos sete espíritos de Deus, às sete lâmpadas de fogo, aos sete selos, às sete trombetas, aos sete trovões, às sete taças.

As sete bem-aventuranças do Apocalipse contém todas as bênçãos necessárias à vida cristã e, são para você, meu querido irmão, que cheio de fé e temor de Deus, deteve todo este trimestre no estudo deste maravilhoso livro.

Ef 1.3: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo”.

1. Primeira bem-aventurança “Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam todas as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo” (Ap 1.3). Esta bênção está relacionada com a atitude de cada pessoa para com as revelações, e admoestações, e advertências que Jesus faz às igrejas, através do Apocalipse. É uma bênção tríplice, que envolve: Ler, ouvir e guardar.

O encerramento da introdução de Apocalipse contém a primeira, de sete bem aventuranças do livro. Acerca desta primeira bem aventurança, W. Malgo (1999, p. 20) escreve:

“Temos que lembrar que a maioria dos crentes de então dependiam de ouvir, pois ainda não havia sido descoberta a arte da impressão. Como tudo tinha que ser trabalhosamente copiado a mão, nem todos tinham um Antigo Testamento à disposição. Além disso havia também analfabetos. Por isso a Escritura – e mais tarde também as epístolas dos apóstolos – era lida. [...] Nós somos pessoas privilegiadas, pois temos uma Bíblia! Tu a utilizas? Se não compreendes muitas coisas, ora a respeito. O Senhor te dará maior entendimento. Lê, ouve e guarda-o no teu coração, e serás bem-aventurado”.

1.1 Bem aventurados aqueles que lêem – Aponta primeiro para todos os que têm a seu encargo o ensino e pregação da Palavra de Deus. Pastores, mestres e pregadores, não privem a si mesmos e as suas congregações da bênção de Deus. Leiam, ensinem e preguem o Apocalipse para o rebanho do Senhor.

Ef 4.11,12: “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo”.

1 Tm 4.13,16: “Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá. Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério. Medita estas coisas; ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos. Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem”.

Segundo, aponta para todos os demais leitores que se dedicam, com santo temor, à leitura desse livro. A ausência do conhecimento nos torna uma presa fácil nas mãos dos hereges e dos enganadores (Os 4.6; Mt 22.29).

Mt 7.15: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores”.

2 Pe 2.1: “E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição”.

1 Jo 4.1: “Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo”.

Os 4.6: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos”.

1.2 Bem aventurados aqueles que ouvem – João se referia a congregação reunida para ouvir a leitura e exposição do Apocalipse e dar ouvidos ao seu conteúdo. João está falando da “revelação de Jesus Cristo” das coisas que em breve acontecerão” (Ap 1.1).

A primeira bem aventurança termina com os seguintes dizeres: “O tempo está próximo” Acerca destas palavras, W. Malgo (1999, p. 20) faz o seguinte comentário:

“Conforme o calendário de Deus, a História Mundial e da Humanidade, com o nascimento do Senhor Jesus, sua morte na cruz, ressurreição e ascensão e com Pentecoste, entrou num estágio não somente decisivo, mas também final, de encerramento – nos tempos finais. Por isso é dito: “nestes últimos dias nos falou pelo Filho” (Hb 1.2a). Por ocasião do derramamento do Espírito Santo, Pedro sabia: “Mas o que ocorre é o que foi dito por intermédio do profeta Joel: E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne...” (At 2.16,17). De acordo com isso, a História dos tempos finais no sentido do Novo Testamento não é somente a História do final dos últimos tempos. Pelo contrário, todo o Plano de Salvação neotestamentário é progressiva realização da História dos tempos finais. Nesse reconhecimento viviam também os apóstolos e os primeiros cristãos. [...]. Eles já viviam naquele tempo conscientemente na última hora, nos tempos finais, e por isso estava no centro dos seus pensamentos, palavras e ações: Jesus vem! Esse era seu motor. Hoje, porém, não vivemos mais na última hora, mas no último segundo!”

Bem aventurada a igreja e o povo que se reúne com a finalidade de ouvir aquilo que vem da parte do Espírito de Deus. A expressão “quem tem ouvidos ouça” nos indica que o fim está cada vez mais próximo.

A expressão “quem tem ouvidos ouça” aparece treze vezes no Novo Testamento, sendo que destas, sete se encontram no livro de Apocalipse. Ela indica que os cristãos devem dar atenção às advertências do Espírito Santo quanto ao esfriamento do amor, a persistência no pecado e na imoralidade, ao conformismo com o mundo, a tolerância aos falsos ensinos, a superficialidade da vida cristã, ao materialismo, a mornidão, a falta de discernimento espiritual etc... Em Mt 13.13-17, Jesus mostra a forma com que suas palavras muitas vezes são ouvidas por aqueles que ”ouvem”, mas não querem de fato se converter de seus maus caminhos:

Mt 13.13-17: “Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem nem compreendem. E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis, e, vendo, vereis, mas não percebereis. Porque o coração deste povo está endurecido, E ouviram de mau grado com seus ouvidos, e fecharam seus olhos; para que não vejam com os olhos, e ouçam com os ouvidos, e compreendam com o coração, e se convertam, e eu os cure. Mas, bem-aventurados os vossos olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem. Porque em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes, e não o viram; e ouvir o que vós ouvis, e não o ouviram” .

1.3 Bem aventurados aqueles que guardam – Guardar é o estágio final, sem o qual os dois primeiros perdem o valor. Guardar por quê? O tempo de se cumprir as Escrituras está próximo. Portanto, é preciso guardar...

Para não ser enganado pelos falsos cristos e falsos profetas: Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mt 24.24).

Para não pecar contra o Senhor: “Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti” (Sl 119.11).

Para andar neste mundo tenebroso: “Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho” (Sl 119.105).

Para não se conformar com este mundo que vai perecer: “E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2);
“Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade” (2 Pe 3.11).

Para estar firme contra as astutas ciladas do Diabo e resistir no dia mal: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes” (Ef 6.11,13).

2. Segunda, terceira e quarta bem aventurança “Bem aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos e as suas obras os sigam” (Ap 14.13).“Bem aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas” (Ap 16.15).“Bem aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro” (Ap 19.9).

2.1 Bem aventurados os mortos no Senhor – Esta bem aventurança compreende três aspectos importantes:

Primeiro, grande felicidade têm somente os que morrem no Senhor: Ressuscitarão com o Senhor (2 Tm 2.11); para os outros segue-se o juízo (Hb 9.27).

Mt 25.46: “E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna”.

Jo 3.36: “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece”.

Jo 5.28,29: “Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação”.

Hb 9.27: “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo”.

Segundo, morrer antes que cheguem os dias difíceis e trabalhosos que marcarão o Dia do Senhor será uma bênção (Ap 14.13). Porque a morte representa descanso e refrigério, pois os que estiverem vivos naquela ocasião padecerão tribulações.

Mt 10.17,18,28: “Acautelai-vos, porém, dos homens; porque eles vos entregarão aos sinédrios, e vos açoitarão nas suas sinagogas; e sereis até conduzidos à presença dos governadores, e dos reis, por causa de mim, para lhes servir de testemunho a eles, e aos gentios. E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo”.

Rm 8.17,18: “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada”.

Fp 1.21: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho”.

Terceiro, as obras dos salvos, feitas dentro dos critérios de resistência e durabilidade ao fogo purificador (1 Co 3.13,14), seguirão após eles, os quais receberão galardões por seu trabalho (Ap 22.12). Para os salvos morrer é estar eternamente em um estado de glória.

1 Co 3.13,14: “A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão”.

 Ap 22.12: “E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra”.

2.2 Bem aventurados aqueles que vigiam A vigilância sobre as vestes fala...

          Do cuidado em não substituir a justiça de Deus que é segundo a fé, pela justiça das obras (Rm 3.22,28; Gl 3.3). Elas são para Deus, trapos de imundícies (Is 64.6) e por isso, não cobrem o vergonhoso pecado.

Is 64.6: “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam”.

A Bíblia mostra o sacrifício de Jesus Cristo como sendo o único meio de salvação tanto para o judeu quanto para o gentio. Tal salvação é apropriada por meio da fé; mediante a fé a justiça de Cristo é imputada para justificação do homem diante de Deus e pela fé tal posição é conservada diante de Deus. M. Henry (2003, p. 925) escreve sobre isto:

“Este processo não é da fé para as obras, como se a fé nos colocasse em um estado justificado, e em seguida as obras nos mantivessem ali. Sempre é de fé em fé: é a fé que segue adiante, ganhando a vitória sobre a incredulidade”.

Qualquer tentativa de ser justificado diante de Deus por qualquer outro meio é tornar em vão o sacrifício de Jesus Cristo na cruz do Calvário. Na carta aos gálatas, o apóstolo Paulo combate a idéia quanto as obras da lei como meio de salvação, e suas argumentações o levam ao seguinte pensamento: “Não aniquilo a graça de Deus; porque, se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu debalde” (Gl 2.21).

Também da pureza moral, que a igreja precisa manter. Doutra maneira, como resplandecerá como luzeiro no mundo (Fp 2.15), portando-se de modo a que o nome de Cristo seja envergonhado? (2 Pe 2.12).

Ec 9.8: "Em todo tempo sejam alvas as tuas vestes, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça".

Mt 5.16: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus”

.1 Co 10.32: “Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus”.

Fp 2.15: “Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo”.

2.3 Bem aventurados os convidados à ceia – Os quatro evangelhos nos revelam que a última ceia não se cumpriu, Jesus afirmou que ela se cumpriria no Reino dos céus (Mt 26.29; Mc 14.25; Lc 22.30; Ap 19.9). O quadro retratado por João nos revela que a igreja está nos céus, isso indica que o arrebatamento é uma promessa real. No céu, a noiva está preparada para as bodas e vestida de Justiça “linho fino, puro e resplandecente” (Ap 19.8), [...]. Jesus reservou um local especial para reunir-se com todos os fiéis de todos os tempos e celebrar o que, figuradamente, celebramos até que este dia se cumpra. Somente os vencedores estarão à mesa.

Mt 26.29: E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide, até aquele dia em que o beba novo convosco no reino de meu Pai”.

Estarão presentes às bodas do Cordeiro, a igreja, ou seja, a esposa do Cordeiro, e todos os convidados para as bodas sendo estes os salvos não pertencentes à igreja, ou seja, os salvos do Antigo Testamento e os salvos do período da Tribulação/Grande Tribulação. Todos estarão reunidos com Jesus na celebração das bodas que acontecerá no céu antecedendo a volta de Jesus a terra com poder e grande glória. No céu, a noiva já está preparada para as bodas, pois ela foi purificada pelo sangue do Cordeiro e por esta causa, ela se encontra vestida da justiça de Cristo. A igreja já é assim, no céu, vista “perfeita”, no entanto, enquanto ela estiver na terra, ela não terá ainda alcançado a perfeição; ela tem, porém um alvo a atingir, e diante disto deve prosseguir, no caminho do aperfeiçoamento.

Fp 3.12-14: “Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”.

3. Quinta, sexta e sétima bem aventurança “Bem aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com Ele mil anos” (Ap 20.6).

3.1 Não receberão o dano da segunda morte – A primeira parte desta grande felicidade, que tem os que fazem parte da primeira ressurreição, deve-se ao fato de que neste maravilhoso evento, só ressuscitarão os mortos em Cristo. É a recompensa deles por permanecerem firmes como que vendo o invisível. Os que amaram mais as glórias deste mundo e se renderam às promessas da Besta, ressuscitarão depois do Milênio, junto com todos os outros que rejeitarem o governo de Cristo e aderirem a Satanás (Ap 20.5). Todos eles, depois de julgados (Ap 20.13), serão lançados no lago de fogo e enxofre. Esta é a segunda morte.

A primeira ressurreição envolve:

1. Cristo, as primícias: “Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem” (1 Co 15.20).

2. Os mortos em Cristo por ocasião do arrebatamento da igreja (os santos do Antigo Testamento e os santos do Novo Testamento que morreram em Cristo): “Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (1 Co 15.51,52);
"E todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa, provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles, em nós, não fossem aperfeiçoados" (Hb 11.39,4).

3. As duas testemunhas: “E depois daqueles três dias e meio o espírito de vida, vindo de Deus, entrou neles; e puseram-se sobre seus pés, e caiu grande temor sobre os que os viram. E ouviram uma grande voz do céu, que lhes dizia: Subi para aqui. E subiram ao céu em uma nuvem; e os seus inimigos os viram” (Ap 11.11,12).

4. Os 144.000 (não está claro se eles passarão pela morte ou se serão arrebatados): “E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em suas testas tinham escrito o nome de seu Pai” (Ap 14.1).

5. Os salvos durante o período da Tribulação/Grande Tribulação que ressuscitarão por ocasião da 2ª fase da 2ª vinda de Jesus: “E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos” (Ap 20.4).

6. Os salvos durante o período do Milênio que passarem pela morte (a ressurreição destes deve acontecer após o Milênio, antes do juízo do trono branco): “E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno” (Dn 12.2).

A segunda morte envolve:

1. Todos aqueles cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro, cuja confirmação é feita no momento do juízo do trono branco: “E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo” (Ap 20.11-15).

3.2 Serão sacerdotes de Deus e reinarão com Cristo – Os venturosos, contemplados com a primeira ressurreição, serão sacerdotes de Deus, pois o Reino do Messias será um governo teocrático. Só serão admitidos ao ofício sacerdotal, no Milênio, os que morrerem em Cristo, e a semelhança de Cristo, ressuscitarem num corpo incorruptível (1 Co 15.52; 1 Pe 2.9).

Ap 5.8-10: “E, havendo tomado o livro, os quatro animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos. E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação; e para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra (Ap 5.8-10).

Paulo já ensinara aos gálatas e a Timóteo como vivem os que são de Cristo e como é possível ao homem reinar com Cristo:

Gl 5.24: “Os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências”.

2 Tm 2.11: “Palavra fiel é esta: Se morrermos com Ele, também com Ele reinaremos”.

Não há dúvida: O caminho do Reino passa pela morte e ressurreição com Cristo. Por isso, bem-aventurados e santos os que tem parte na primeira ressurreição

3.3 Terão direito a árvore da vida e entrarão na Cidade pelas portas (Ap 22.7,14) “Eis que presto venho: Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro. Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas” (Ap 22.7,14). Somente os que [...] trocam a justiça própria pela preciosa justiça divina dada no sangue do Cordeiro serão justificados em Cristo e sem nenhuma condenação (Rm 8.1). João revela algo poderoso e fantástico. A árvore da vida que estava no Éden, agora está à disposição dos remidos pelo sangue do Cordeiro...

A sexta bem aventurança fala mais uma vez sobre guardar as palavras do Apocalipse. Aqueles que as guardam são felizes, pois desde já contemplam a vinda do Senhor Jesus Cristo e todos os acontecimentos a este evento relacionado prestes a se cumprir. A sétima bem aventurança traz de volta a fé no sangue de Jesus Cristo, como sendo o único meio de salvação e purificação dos pecados. Aqueles que antes estavam destituídos da glória de Deus, tendo suas vestes sido purificadas no sangue do Cordeiro terão direito à árvore da vida, ou seja, terão direito a vida eterna, e a entrar na Cidade Santa pelas portas, ou seja, desfrutarão da presença, da glória e da comunhão de Deus por toda a eternidade.

Rm 2.23-26: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus”.

Referências Bibliográficas:
M. Henry, Comentário Bíblico de Mathew Henry, 2003, 3ª Ed., CPAD, Rio de Janeiro, RJ.
W. Malgo, Apocalipse de Jesus Cristo – Um Comentário para a Nossa Época, 1999, Obra Missionária Chamada da Meia Noite, Porto Alegre, RS.

Um comentário:

Anônimo disse...

Deus seja louvado pela vida da professora magda hoje e todo sempre. por dissertar maravilhosos comentários sobre o Apocalipse ,livro de profundas revelações, que a irmã magda fez belissímamente e poderosamente; tais dissertações das 13 lições que nos fez aproximar um pouco mais dos misterios do nosso gradioso Deus.Dissertar o livro do Apocalipse tão bem como a professora magda o fez é para pouco.Irmão Magda Deus continue lhe abençoando com todas as benção e que a bênção de nosso Deus repouse sobre a sua pessoa e sobre sua família Ez. 44.30; Itamar